A partir de 1925 a economia passou a ser firmemente
controlada pelo Estado, com o apoio dos capitalistas italianos. Os prefeitos
das cidades passaram a ser nomeados pelo rei, por indicação de Mussolini. A
censura foi ampliada: a educação, as artes, os esportes, as rádios, o cinema e,
até mesmo, o lazer da população seguiam as orientações fascistas. Foi criado o
Tribunal Especial de Defesa do Estado, responsável pelo julgamento de
"crimes" políticos, sendo juízes os oficiais da MVSN.
A filiação ao PNF era quase uma obrigatoriedade entre os
italianos, pois só assim se poderia prestar concursos públicos, ter livre
passagem entre as várias regiões ou exercer qualquer cargo no funcionalismo
público. A sigla do partido fascista, PNF, era explicada comicamente, no humor
popular como "Per necessitá familiare" (Por necessidade familiar).
Em abril de 1926 uma nova legislação trabalhista foi
criada: patrões e empregados deveriam participar das 22 corporações organizadas
pelo Estado, a fim de resolver seus embates dentro das leis impostas. Em cada
corporação, empresários e empregados tinham o mesmo direito, o problema era que
os primeiros apoiavam o fascismo e os segundos eram representados por
sindicatos fascistas, os únicos que tinham permissão para participar das
corporações.
A negociação de fato não acontecia, mas era uma tentativa
de suprimir a luta de classes através do modelo corporativista fascista. Dessa
forma Mussolini pretendia aniquilar as organizações trabalhistas e, ao mesmo
tempo, aumentar o poder do Estado sobre as relações sociais. Mesmo não
resolvendo as questões trabalhistas, o modelo corporativista era usado como
propaganda de uma nova sociedade que o fascismo se propunha a construir.
Tal centralização política se intensificou quando o
Grande Conselho Fascista foi oficializado em 1928, pois na prática incorporava
os poderes legislativo e judiciário.
Postado por: Vanessa Maculan (27)