segunda-feira, 20 de maio de 2013

A DITADURA FASCISTA



A partir de 1925 a economia passou a ser firmemente controlada pelo Estado, com o apoio dos capitalistas italianos. Os prefeitos das cidades passaram a ser nomeados pelo rei, por indicação de Mussolini. A censura foi ampliada: a educação, as artes, os esportes, as rádios, o cinema e, até mesmo, o lazer da população seguiam as orientações fascistas. Foi criado o Tribunal Especial de Defesa do Estado, responsável pelo julgamento de "crimes" políticos, sendo juízes os oficiais da MVSN.
A filiação ao PNF era quase uma obrigatoriedade entre os italianos, pois só assim se poderia prestar concursos públicos, ter livre passagem entre as várias regiões ou exercer qualquer cargo no funcionalismo público. A sigla do partido fascista, PNF, era explicada comicamente, no humor popular como "Per necessitá familiare" (Por necessidade familiar).
Em abril de 1926 uma nova legislação trabalhista foi criada: patrões e empregados deveriam participar das 22 corporações organizadas pelo Estado, a fim de resolver seus embates dentro das leis impostas. Em cada corporação, empresários e empregados tinham o mesmo direito, o problema era que os primeiros apoiavam o fascismo e os segundos eram representados por sindicatos fascistas, os únicos que tinham permissão para participar das corporações.
A negociação de fato não acontecia, mas era uma tentativa de suprimir a luta de classes através do modelo corporativista fascista. Dessa forma Mussolini pretendia aniquilar as organizações trabalhistas e, ao mesmo tempo, aumentar o poder do Estado sobre as relações sociais. Mesmo não resolvendo as questões trabalhistas, o modelo corporativista era usado como propaganda de uma nova sociedade que o fascismo se propunha a construir.
Tal centralização política se intensificou quando o Grande Conselho Fascista foi oficializado em 1928, pois na prática incorporava os poderes legislativo e judiciário.


Postado por: Vanessa Maculan (27)

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